O ano é mil novecentos e sessenta e nove. O clima é de crescimento e desenvolvimento. Nixon assume o poder. Guerra do Vietnan. O homem chega à Lua.
Quatrocentas mil pessoas provam para a humanidade que é possível viver em paz, amor e harmonia.
É a celebração Woodstock. Três dias de música e arte, com astros consagrados unidos pela paz e contra a guerra.
O cinema, como não poderia deixar de ser, veículo transmissor da nossa realidade, faz uma união desses temas tão antagônicos e similares ao mesmo tempo.
E é nessa busca de liberdade, mesclando protesto político e social e uma bela trilha sonora de rock and roll, que Peter Fonda e Dennis Hooper lançam o hoje cultuado “Easy Rider’’, intitulado no Brasil como ‘”Sem Destino’’.
Ao chamar Hopper para dirigir e atuar no filme, a idéia de Fonda foi produzir uma história onde dois jovens experimentam a liberdade total enquanto cruzam o país de motocicleta, e pra quem gosta de duas rodas, e principalmente de “choppers”, é um prato cheio. Outro fato interessante foi a participação de Jack Nicholson como produtor e ator coadjuvante, cuja brilhante atuação o levou ao estrelato.
Produzido numa época onde se buscava a liberdade individual, sexual e por aí vai, é lógico que não poderia faltar o trinômio que definiria aquela geração: sexo, drogas e rock’n’roll.
Existem relatos inclusive, de que as drogas consumidas pelos personagens durante o filme nada tinham de cenográficas, e que a quantidade utilizada foi quase inacreditável!
O filme custou quatrocentos mil e rendeu dezessete milhões de dólares, uma façanha para a época.
Além de concorrer ao Oscar e vencer o prêmio de melhor filme em Cannes, na França, a trilha sonora de Easy Rider é um caso à parte.
Uma mistura de folk, country, blues e rock, aliadas à bela fotografia, transportam o ouvinte/espectador às inóspitas paisagens do Texas, do Mississipi e finalizando em New Orleans onde o inesperado desfecho se concretiza.
Feras da época como Jimi Hendrix, Roger McGuinn, The Band, The Byrds e principalmente o Steppenwolf ajudaram a transformar Easy Rider num “cult” do cinema mundial. a mais clássica da banda e do filme/disco é sem dúvida "Born To Be Wild" que acabou se tornando o hino dos motoqueiros de todo o mundo. outra canção da banda que aparece no álbum é a ótima faixa de abertura "The Pusher".
Recomendo tanto o filme quanto o disco. Pela história, pela fotografia e principalmente pela trilha sonora. E pra que curte moto: dá pra sentir o vento no rosto e o sabor da liberdade!
Download : Easy Rider (1969)
muito bem descrito, um filme ótimo para esquecer dos problemas e viajar num belo rock n roll. achei o disco da trilha sonora num sebo de san francisco por 25 dolares, otimo estado... comprei na hora!
ResponderExcluirabracos
Fizeste muito bem, Rafael!!! Baita filme, mesmo! Assisti inúmeras vezes! Abração!
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