Ao gravar seu álbum de estréia, “Pronounced Leh-Nerd Skin-Nerd”, em 73, o Lynyrd Skynyrd já vinha extremamente afiado num som ágil, embalado por frango frito e whisky barato dos bares e espeluncas de Dixieland, onde mesclou um feroz trio de guitarras a uma seção rítmica bem ajustada com a voz poderosa de Ronnie Van Zant.
Mas, segundo consta, o mais importante neste álbum eram as ambigüidades que diferenciavam o grupo. Os integrantes pareciam confederados truculentos, embora sua música tinha um toque dos imigrantes negros. Daí a ambivalência que talvez tenha tornado a banda a primeira manifestação verdadeira do rock do sul dos Estados Unidos.
Misturando um pouco de blues, um pouco de country e mais um tanto de The Who, o disco mostra belíssimos riffs de guitarra, como em “Poison Whiskey”.
Enquanto os rivais Allman Brothers se aventuravam pelo jazz num estilo bem hippie, o Skynyrd lançava âncora no blues, como na acústica “Mississipi Kid”, um boogie legitimo do delta.
Já canção “Things Goin’On” parece ter sido tocada no boteco vizinho, perfeita pra se ouvir no Bar do Dino’s, degustando uma gelada e comendo um peixe frito, e lógico acompanhado do legítimo “papo de bar”.
Isso sem falar em “Freebird”, um fecho de tirar o fôlego e que transformou a banda em celebridade, com uma explosão de guitarra raramente vista até então.
Sugestão minha, “I Ain’t the one” que abre o disco e tem um dos melhores riffs de rock de todos os tempos, segundo a Rolling Stone Magazine.
O Skynyrd tem muito mais história pra contar. Vou dosando por aqui!
Para baixar todo disco clique aqui: "Pronounced Leh-Nerd Skin-Nerd"
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