O papo de hoje é sobre uma das mais afinadas cantoras brasileiras, mas que pouca gente conhece. Com sua voz de “diva black”, Rosa Marya Colin nasceu em Machado, Minas Gerais, mas começou a carreira cantando bossa nova e jazz no famoso Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro. Isso depois de trabalhar por uns tempos como operária. O timbre grave de sua voz fez com se adaptasse bem ao repertório "jazzístico", que culminou com seu primeiro disco em 65 pela Odeon. Além de participar da primeira montagem brasileira do musical “Hair”, trabalhou como cantora em hotéis do México até se tornar crooner da fantástica Traditional Jazz Band.
Com alguns discos gravados, mas ainda pouco conhecida depois de mais de 20 anos de carreira, uma regravação despretensiosa para um comercial de TV em 88 alçou-a ao topo das paradas. A versão "cool" de "California Dreamin", do grupo The Mamas And The Papas, para uma loja de departamentos acabou se tornando o seu grande sucesso. Nunca mais repetido, diga-se de passagem.
Craque em dar uma roupagem mais, digamos assim, “elegante” à grandes autores, arrebenta com versões de Simon e Garfunkel, Johnny Rivers, James Taylor e Janis Joplin.
Dona de uma beleza explêndida, essa legítma representante da raça negra sempre foi vista como uma mulher muito bonita embora bastante reservada.
Autora de sete álbuns, tem no último deles, “Cores”, de 1997, a melhor seleção de clássicos da música internacional como “Stand by me”, “You've Lost That Lovin Feeling”, “Bridge Over Troubled Water”, “California Dreamin”, “The Flesh Failures (Let the Sunshine In)”, entre outros.
Também atriz, Rosa Marya tornou-se a Tia Nastácia do Sítio do Picapau Amarelo, na nova versão produzida em 2007, além de ter participado em algumas novelas. Para download, acesse: “Cores” - 1997
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