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segunda-feira, 3 de maio de 2010

À deriva no espaço...

Às vezes, quando a coisa está tão feia, que só tende a piorar é que surge a inspiração e renascemos das cinzas, como diziam os antigos.

Isso aconteceu de forma bem contundente com o Supertramp.
Depois que a banda se desmantelou em 71, após o disco “Indelibly Stamped”, o então patrocinador do grupo também caiu fora, obrigando o núcleo criador da banda, Roger Hodgson e Rock Davies, a servir, vejam só, de banda de apoio de Chuck Berry. Nada desmerecedor, mas era só pelo cachê. As coisas andavam muito feias.

Felizmente, os frutos de um período onde a poeira baixou e a criatividade aflorou, numa fazenda em Somerset, fez com que a dupla criasse uma obra prima que mudou o quadro completamente.

Crime of the Century é um álbum bem executado, com magníficas melodias e uma claridade genuína de som. Esta, obra do gênio Ken Scott, que vinha de outro trabalho brilhante: o Ziggy Stardust de David Bowie.
A critica o celebrou os comparando aos grandes Genesis e Pink Floyd.

O sucesso da canção “Dreamer”, com certeza a mais conhecida do grupo, fez com que emplacassem o 4º lugar nas paradas britânicas daquele ano. Ocorreu o mesmo com
“Bloody Well Rigth” e “Hide in your Shell”.

A capa do disco foi criada pelo artista gráfico Paul Wakefield.
As "grades de prisão" soltas no espaço viraram uma imagem mítica, assim com a canção que dá nome ao LP.

Esse disco manteve o sucesso do Supertramp por bastante tempo, tornando-se a espinha dorsal de seu repertório, segundo Michael Heatley, co-editor da History of Rock.

Acesse http://www.youtube.com/watch?v=GGrjlGdMlfk&feature=related e assista ao vivo "Bloody well rigth" no show em Munich, 1983.

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