"Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara..."
(Tom Jobim)
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara..."
(Tom Jobim)
Esta canção composta por Tom Jobim talvez seja uma de minhas memórias mais antigas no que diz respeito à Música Popular Brasileira (MPB). Mesmo que fosse um garoto de calças curtas, como se dizia à época, a sonoridade dos vocais de ícones como MPB-4 e Quarteto em Cy já chamava minha atenção, mesmo que eu não soubesse porquê. E o mais engraçado disso é que só ouvia esse tipo de música num consultório dentário. Talvez por isso que a pessoa a quem eu quero homenagear aqui, seja para mim, sinônimo de bom gosto e sofisticação. Pessoal, profissional e musical.
Na sala de espera do ainda antigo consultório na esquina das ruas Venâncio Aires e Fernando Abott, essas canções que ora relembro talvez ajudassem a distrair o medo das temidas brocas e dos zunidos intermitentes que teimavam em ultrapassar as paredes do consultório do dr. Milton Stapenhorst.
Para mim, a liberdade de chamar de "tio" Milton. Não havia laço de parentesco, mas sim, da amizade dele para com meu pai, que lhe herdou os maçetes da Protética e que até hoje se mantêm.
Contei essa pequena história apenas para demonstrar como pequenas coisas ou pessoas ficam marcadas em nossa memória de forma tão especial e sem nos darmos conta.
Às vesperas de tornar-se um octagenário, "tio" Milton não é nada mais que um garoto ainda cheio de vida e vontade de trabalhar.
Sua idade não lhe pesa, tão leves são seus gestos e o eterno sorriso estampado na face
Colorado exemplar, me contou com orgulho, entre palpites para o final do brasileirão, que atende setenta clientes por semana. Isso mesmo: Setenta.
Só pode ser fruto da competência e constante atualização de um profissional que não tem medo de estar sempre aprendendo.
E olha que volta e meia nos deparamos com pessoas de 50 anos cansadas e implorando por uma aposentadoria sedentária
Além de tudo isso, é um magnífico contador de histórias. Segundo ele, todas verdadeiras. Mas um pouco de ficção sempre é bom pra temperar um bom conto, não é tio Milton! rsrsr
(Vai aí uma dica aos colegas da imprensa: que bela pauta renderia o dr. Milton, heim? Mexam-se!)
De forma simples, através dessas palavras, que ora despencam de minha memória, quero agradecer a essa pessoa que deveria servir de espelho para muitos. Que nunca se deixou abater por quaisquer adversidades (que sempre surgem e para todos) e cuja energia e alegria de viver são inspiradoras.
Tenho certeza que todos que o conhecem partilham do meu pensamento e que sua família deve estar extremamente orgulhosa de ter em casa uma pessoa desse gabarito e que hoje, 16/12, completa 55 anos de profissão.
Uma profissão que com toda certeza ele ama e veste 24 horas por dia. Enfim, um profissional que enobrece a Odontologia.
Parabéns, Dr. Milton Dario Stapenhorst. É muito bom conviver com pesssoas como o senhor.
Longa vida, "tio Milton"
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