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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Mais de Minas

Faço aqui, mais uma incursão por nossa sempre agradável e competente Música Popular Brasileira.
Falo hoje de João Bosco de Freitas Mucci, mais conhecido por João Bosco que nasceu em Ponte Nova, MG, em 13/07/46 e que se tornou um dos maiores cantores, violonistas e compositores brasileiros.
Incentivado por uma familia repleta de músicos, começou a tocar aos 12 anos de idade e sempre se dedicou muito à carreira musical, mesmo enquanto cursava a faculdade de Metalurgia em Ouro Preto.
Foi influenciado principalmente por gêneros como jazz, bossa nova e pelo tropicalismo.
Foi parceiro de grandes nomes, como o nosso poetinha Vinícius, com quem criou canções como Rosa-dos-Ventos, Samba do Pouso e O mergulhador.
Em 1970 conheceu aquele que viria a ser o mais freqüente parceiro, com quem compôs mais de uma centena de canções: Aldir Blanc. Dentre esta infinidade, destaco O Mestre-sala dos Mares, O Bêbado e a Equilibrista, Falso Brilhante e Corsário.
Dois anos depois, a saudosa Elis deslancha na carreira começa ao gravar e dar nova roupagem às composições de João Bosco.
Além de torcedor fanático do Flamengo, é até hoje um dos mais competentes arranjadores e violonistas da nossa MPB.

João Bosco e Aldir Blanc

Uai!

Esse post foi sugestão da competente e refinada em matéria de música, a radialista e colega Camila Diesel.
O papo é sobre os mineiros do Pato Fu. Banda de rock alternativo formada em 92 e atualmente composta por Fernanda Takai, John Ulhoa, Ricardo Koctus, Xandi Tamietti e Lulu Camargo.
A banda possui um som que vai do pop rock à música experimental, incluindo influências eletrônicas em certas faixas. Entre as músicas que a banda gravou mais famosas estão Depois, Made in Japan e Ando Meio Desligado (regravação do som d'Os Mutantes).
No começo de 1993, participaram do show "Rock Brasil", ao lado de bandas como Skank, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Titãs.

Gravam seu primeiro LP neste ano, chamado Rotomusic de Liquidificapum. em 1995, gravaram o segundo CD — Gol de Quem? . Músicas como Sobre o Tempo e Qualquer Bobagem garantiram o prêmio de revelação no 1º Video Music Awards da MTV Brasil e a primeira viagem aos Estados Unidos.


Em 2001, a banda se apresentou para cerca de 250 mil pessoas, abrindo o show de Oasis, Ira!, Ultraje e Guns N' Roses no Rock in Rio III.
No ano seguinte, a banda lança o CD e DVD MTV Ao Vivo, show realizado no Museu de Arte da Pampulha em comemoração aos dez anos da banda.
Lançado em 2007, o álbum Daqui pro Futuro antes mesmo de ser lançado nas lojas, já era vendido via internet, rendeu à banda o título de "Melhor de 2007" pela revisa Quem.
Já em agosto deste ano, a banda lança seu álbum mais ousado: o Música de Brinquedo. Como o próprio nome já revela, o disco foi gravado usando somente instrumentos de brinquedo e miniaturas. Vale à pena conferir. Baixe aqui.

Grande "Presence"

Em mais um capitulo da vasta história do Led Zeppelin, o Falando de Rock aborda hoje, o 7º trabalho da banda, o álbum Presence.

Lançado pela Swan Song em março de 76, Este álbum foi concebido após o acidente de Robert Plant em Rhodes, na Grécia, em 5 de agosto de 1975. Este fato obrigou a banda a concelar a turnê mundial daquele ano. Na época o Led Zeppelin estava no auge de sua popularidade.

Durante sua recuperação na ilha de Jersey e em Malibu, na California, Plant escreveu algumas letras e, quando Jimmy Page juntou-se com ele estas composições foram concretizadas. Logo Jones e Bonham também apareceriam para os ensaios e a gravação recorde do disco no Musicland Studios em Munique, Alemanha, com Plant em uma cadeira de rodas.

Esta gravação foi a mais rápida desde Led Zeppelin I. Uma parte da pressa em gravar o álbum se deu pelo fato do Led Zeppelin ter reservado o estúdio antes dos Rolling Stones, que gravariam o álbum Black and Blue. Os Stones inclusive ficaram impressionados de o Led ter gravado o álbum em apenas 17 dias. Jimmy Page ficou acordado dois dias para gravar as guitarras e overdubs.


Em uma entrevista que ele deu a Guitar World em 1998, Page afirmou que trabalhou uma media de 18 a 20 horas por dia durante a mixagem no Musicland Studios.
O álbum foi concluído em 27 de novembro de 1975. Um dia antes do Dia de Ação de Graças. Page chegou a sugerir que o álbum se chamasse Thanksgiving (Dia de Ação de Graças.) esta idéia foi rapidamente substituída por um título que representaria a força e a presença que os membros sentiam que cercava o grupo.

Da terra do tango


Trago hoje um dos precursores do rock argentino: Luis Carlos Spinetta, a mim apresentado por outro grande amigo, Gringo Laércio.

O cara nasceu em 23 de janeiro de 1950 em Buenos Aires e fundou duas das mais importantes bandas argentinas de todos os tempos: Almendra e Pescado Rabioso.

O compositor foi um dos músicos de maior sucesso na década de 70 na America do Sul. Lançou com a banda Almendra os discos Almendra I e Almendra II considerados as primeiras obras do rock argentino.

Já no Pescado Rabioso, lançou três discos, o último deles Artaud é considerado o melhor disco da história da música Argentina, segundo a revista Rolling Stone. Também participou de outras bandas: Invisible, no fim dos anos 70, Spinetta Jade Nos anos 80, e Spinetta y los Socios del Desierto nos anos 90. Desde então segue carreira solo.
Baixe o disco aqui.

Adam Green

O Falando de Rock traz hoje mais uma novidade musical, pelo menos para mim, e indicação do meu grande amigo John Oliverrá.
O cantor e compositor Adam Green, que nasceu em 28 de maio de 1981 em Mount Kisco, estado de New York. Apesar de americano, sua popularidade maior é na Europa e principalmente na Alemanha.
Em 98 foi co-fundador do grupo The Moldy Peaches, junto de Kimya Dawson. Isso até a banda dar uma parada em 2004. Tanto Green quanto Dawson seguiram, então, carreira solo.
Logo depois, assinando com a gravadora Rough Trade Records, lançou álbuns com sucessos como Jessica (sobre a cantora Jessica Simpson), Novotel, Friends of Mine, Dance With Me, Carolina e Emily além do sucesso de seu cover para What A Waster, do Libertines.
Em janeiro de 2008, o The Moldy Peaches retoma a carreira e a popularidade. Alicerçado principalmente ao dueto de Green e Dawson na canção Anyone Else But You incluída na trilha sonora do premiado filme Juno.
Curiosidades: Mark, o pai de Adam é um conceituado neurologista especializado em enxaqueca, e já escreveu dois livros sobre o assunto, enquanto Joel, seu irmão, alem de astrônomo, tem acompanhado Adam em várias gravações.
Na Alemanha, jornalistas publicaram que Felice Bauer, bisavó de Adam, estava noiva de Franz Kafka quando sua família fugiu dos nazistas na década de 1930 e terminou em Nova York.

Em 2008 lançou Sixes & Sevens com músicas como Morning After Midnight, Twee Twee Dee, e Drowning Head First, esta última um dueto entre Green e sua namorada, Loribeth Capella.
Seu último trabalho foi lançado em maio deste ano e se chama MusiK For A Play

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!




Ae, galera!


Quero desejar a todos que passaram por aqui e me deram ótimos motivos para continuar alimentando esse humilde blog, uma boa virada de ano e que 2011 seja pródigo de bons sentimentos e principalmente de mais igualdade entre as pessoas.
Estou saindo de férias, e vou tentar, na medida do possível, atualizá-lo. Mas tenham certeza que na volta terei bastante coisa pra contar.
Beijos, abraços e rock'n'roll procês!


Au revoir!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Midnight Express


O papo de hoje no Falando de Rock é sobre um clássico de Alan Parker lançado em 1978: o filme Midnight Express, conhecido aqui no Brasil por “Expresso da Meia Noite”.
O filme conta a história de Billy Hayes, um estudante americano em visita à Turquia. Brilhantemente interpretado pelo então iniciante Brad Davis, narrava a história de um jovem que ao deixar a restrita Turquia com pacotes de haxixe grudados ao corpo por baixo da roupa, é preso no aeroporto e vê sua vida transformar-se num pesadelo.
Após ser brutalmente espancado e jogado numa prisão degradante,atravessa pelas mais diversas fases da loucura e solidão.
Às vesperas de ser libertado, é novamente julgado e condenado a 30 anos de prisão, onde volta a sofrer todas as provações novamente, enquanto aguarda junto de outros presos, “O Expresso da Meia noite”, uma espécie de gíria dos presos para "presos em fuga".
Para quem gosta de música eletrônica, o compositor dessa trilha sonora é o Giorgio Moroder, com destaque para a música "Chase".Link



Davis morreu em 91 após 6 anos de luta sigilosa contra a Aids, apesar da causa mortis divulgada ter sido overdose intencional.

Baixe a trilha sonora de "Midnigth Express" na íntegra, aqui.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Cores Musicais

Lançado em 1994, o terceiro álbum de Marisa Monte caiu de cara na primeira posição dos discos mais vendidos do Brasil naquele ano. Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão era o terceiro álbum a cantora que já era enorme sucesso e lotava casas de espetáculo antes mesmo de ter qualquer trabalho lançado. Numa época que era assessorada e musa inspiradora do grande Nelson Motta.
O álbum abre com a belíssima Maria de Verdade, composição do amigo Carlinhos Brown, cuja parceria se tornaria constante e que junto de Arnaldo Antunes, um tempo depois, integrariam o projeto Os Tribalistas.
Mas a arrasa quarteirões do LP é a canção Na Estrada, que fez parte de trilha sonora de novela e também foi composta em parceria com Brown e outro ex-titã, Nando Reis.
Na regravação de Pale Blues Eyes, de Lou Reed, Marisa acrescenta uma elegância que só ela consegue impingir.
E tem ainda a ginga carioca do samba de Jorge Benjor, em Balança Pema.



Nando Reis foi parceiro em quatro das composições que integram o disco, e uma das mais belas, Enquanto Isso, tem a participação super especial de Laurie Anderson. Não é a toa que Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão está na lista dos 100 melhores discos da historia da musica brasileira da revista Rolling Stone.



Baixe aqui: Parte 1 - Parte 2

Vale a pena ver de novo!

Lançado em 1994 e dirigodo por Robert Zemeckis e estrelado por Tom Hanks, Forrest Gump foi um dos maiores vencedores do Oscar de todos os tempos. Com 13 indicações, levou pra casa 6 estatuetas, incluindo a de melhor, filme, diretor e ator.
Forrest Gump é considerado um estúpido pelas pessoas queo o conhecem, mas na verdade ele é um homem especial, deveras ingênuo e que vê o mundo por uma perspectiva diferente. De forma bem amarrada, o roteiro faz com que ele participe dos momentos mais importantes da história recente dos Estados Unidos, como a Guerra do Vietnã, o caso Watergate e muitos outros, ao mesmo tempo que corre atrás do grande amor de sua vida
Com um trilha sonora cheia de clássicos que remetem aos acontecimentos narrados, a trajetória de Gump é narrada com drama e bom humor em doses bem medidas, sempre surpreendendo a quem assiste o filme. Mesmo mais de uma vez.
Além disso, histórias ficcionais colocam fatos reais em outras perspectivas, como por exemplo, os famosos gingados de Elvis Presley, que teriam vindo sim, das tentativas de Forrest de dançar mesmo com aparelhos ortopédicos nas pernas. Isso enquanto o rei do rock era hóspede em sua casa.


Ou ainda sobre uma entrevista em que Lennon participava e que o teria inspirado a compor Imagine, em cima das opiniões de Forrest sobre a China Comunista.
Vale a pena ver e rever Forrest Gump, tanto por sua história quanto por sua trilha sonora.


Baixe a trilha aqui.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Fecho com "Nelsomotta", como diria Tim Maia.

Remédios, venenos e hipocrisias

Parece hipocrisia. E é. A liberação da venda de maconha para “fins medicinais” em quinze estados americanos não parece, mas é um grande avanço. Com um diagnóstico de stress assinado por um médico, o cidadão se livra de frequentar pessoas e locais perigosos, e de dar dinheiro para bandidos comprarem armas. Ganha um cartão de estressado e pode comprar uma trouxinha de maconha por semana em lojinhas legais, com o estado monitorando quem compra e quem vende.
Os governos estão arrecadando milhões em impostos, controlando consumidores, vendedores e pequenos produtores, e tomando uma fonte de renda do crime organizado. Com o sucesso da nova política, a tendência é a adesão de outros estados. A lei federal ainda proíbe, mas os estados estão liberando a venda “medicinal” por referendos.
As primeiras respostas são positivas, mas abrem novas perguntas sobre a política de drogas, velhas ilusões e novas evidências: o tráfico de cocaína, heroína e ecstasy continua crescendo, e pior, mais de seis milhões de americanos são dependentes de remédios vendidos em farmácias legais ou clandestinas, e pela internet, apesar do rígido controle sobre medicamentos tarja preta, sedativos, anfetaminas, tranquilizantes, analgésicos e opiáceos como os que mataram Elvis e Michael Jackson. Há mais dependentes de remédios que de cocaína, heroína e ecstasy juntos. Só os consumidores de álcool e maconha os superam. Imaginem no Brasil, com a nossa fartura de farmácias.
É duro admitir que o problema seja menos das drogas que do ser humano, com suas fraquezas, sua falta de controle, sua paixão pelos abusos e excessos. Nesse caso, as possíveis “soluções” estariam mais próximas da moderação que da repressão. Afinal, desde as cavernas, os humanos buscam substâncias naturais que os alegrem, ou inspirem, consolem, acalmem, estimulem, façam sonhar, tirem as dores do corpo e da alma. Entre o remédio e o veneno a diferença é a dosagem. E a hipocrisia.
O sucesso da política de venda controlada de maconha “medicinal” nos Estados Unidos vai influenciar nos rumos de toda a América Latina. Teremos um referendo no Rio de Janeiro?


Eterna e elegante Clarice


Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

Clarice Lispector
Haia Pinkhasovna Lispector (Chechelnyk, 10 de dezembro de 1920 — Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Quase esqueço!!!!!

Cássia Rejane Eller (Rio , 10 de dezembro de 1962 — Rio , 29 de dezembro de 2001)

As coisas tão mais lindas
Cássia EllerComposição: Nando Reis


Entre as coisas mais lindas que eu conheci
Só reconheci suas cores belas quando eu te vi
Entre as coisas bem-vindas que já recebi
Eu reconheci minhas cores nela, então eu me vi
Está em cima com o céu e o luarHora dos dias, semanas, meses, anos, décadas

E séculos, milênios que vão passar
Água- marinha põe estrelas no marPraias, baías, braços, cabos, mares, golfos

E penínsulas e oceanos que não vão secar
E as coisas lindas são mais lindas

Quando você está
Hoje você está
Onde você estáAs coisas são mais lindas
Por que você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Simples assim


Agenda do Tonho! Veeeeeeeeeeeeeeeeem!

QUINTA, 09-12, NO GALERA´S
TONHO SOARES ACÚSTICO
10/12/2010- Festa Academia BioForma - Tonho Soares Acústico
16/10/2010 - Audiômetro - Tv Univates ( canal 15 da Net) - Banda Charanga
O Galera's Rock Bar fica na Benjamin Constant, 714 - Subsolo Centro - Lajeado
Comandado pelo competente Tiago "TJ" Kuhn, o bar é o point da moçada que curte o underground e o bom e velho rock'n'roll.
Sucesso à todos!

Dia porreta!

Três ícones do rock.
Lennon e Morrison já se foram, mas seu legado é para sempre.
Gregg, mantém a tradição.
Felicitações, saudade e rock'n'roll.

John Winston Ono Lennon, (9 October 1940 – 8 December 1980)


Jim Morrison (Melbourne, 8 de dezembro de 1943 — Paris, 3 de julho de 1971)


Gregg Allman (8 de dezembro de 1947, Nashville, Tennessee)


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Faça uma criança sorrir! É fácil!

Parabéns pela iniciativa, Dani! Espero que todos façam a sua parte!
Daniela Mallmann, colega radialista na 95.1 e major do blog Ventanas, onde você só encontra coisas boas! Acessem!

Foto: Ana Weber

domingo, 28 de novembro de 2010

The champions of Rock!!!!


Banda Dorsia
Vencedora 8º Festival de Bandas da Univates
Speto, Billy, Alemão e Solano


No dia em que Jimi Hendrix completaria 68 anos, fomos contemplados com um puta dia de sol, calor e muito rock, folk, reggae e até milonga! Sinal de que o deus do rock estava atento!!!
O Festival de Bandas da Univates mostra, mais uma vez, que é uma das principais portas de acesso pra galera que faz da música o seu modo e estilo de vida.
Ver toda aquela rapaziada nos camarins, rivais e em comunhão ao mesmo tempo, foi fantástico. Concorrentes que se apóiam e tem o mesmo objetivo. Só a música tem esse poder. Novamente vem à tona o sentido de egrégora, que o Beto Ruschel fala alguns post's abaixo, que "quando várias pessoas têm um mesmo objetivo comum, sua energia se agrupa e se `arranja´ numa egrégora". Woodstock puro.
A rapaziada do ensino médio, apesar de novinhos, mostrou um trabalho super profissional e aquela gana de vencer, característica da sua idade e invejosa de nossa parte, diga-se de passagem!! Garotada: sigam em frente que o mundo ta aí!
Ah! Isso sem falar na simpatia das meninas Jaíne e Jéssica, que acompanhadas somente de seu violão, enfrentaram a platéia mais roqueira, com muita categoria. Vendo aquelas duas meninas, novinhas e de voz suave, não tive como não lembrar de Joan Baez, que assim como elas, não precisava mais do que um simples violão para encantar a platéia e dar o seu recado. Sucesso prá vocês, meninas!
Bem, a Dorsia, dos meus amigos Solano, Alemão, Billy e Speto, já em sua apresentação, mostrou que tinha vindo pra vencer. Com seu rock competente, limpo e com letras ácidas e pensantes, levantaram a galera. Mesmo aqueles não tão afeitos a um rock'n'roll mais pesado.
- Alemão! Tu canta prá caralho!
E o cara, depois de todo espetáculo que deu com sua voz "nervosa" e peculiar, saiu correndo pra se apresentar com a Orquestra Cassino, em Caxias.
Cara! Isso é amor à musica e ao que se faz. Não tem preço que pague isso.
Solano, um dos caras mais "gente" que eu conheço, apesar de um aparente nervosismo, normal até, deu o show tradicional com sua guitarra, e logo ficou tranquilo e matou à pau. Pudera, com uma cozinha composta pelos competentes e boas praças Billy e Speto, baixo e batera respectivamente, não tem como dar errado.
O caneco é de vocês!
Parabéns para a sempre competente Ana Lúcia Pretto, à Pâmela Faleiro e toda a equipe do Núcleo de Cultura pelo excelente e exaustivo trabalho de promover, organizar e executar um evento deste porte. O apoio da Atlântida com os "Marcelos", Dagô e galera também foi super importante. A região e os profissionais que neste meio atuam, agradecem.

Na Categoria Ensino Médio, a classificação foi à seguinte:

1º Lugar - Banda Zangaia
2º Lugar - Metáforas
3º Lugar - Jaíne e Jéssica


Categoria Universitário:

1º Lugar - Dorsia
2º Lugar - Milonga Metragem
3º Lugar - Lobos da Estepe


Arrebentaram, todos!!!!!!
Parabéns!

sábado, 27 de novembro de 2010

Felicitações ao "Maioral"


James Marshall "Jimi" Hendrix
(nascido Johnny Allen Hendrix; Seattle, 27 de novembro de 1942 – Londres, 18 de setembro de 1970)

Aos colegas jornalistas


"Somente anos mais tarde aprendi o significado da palavra "egrégora". Segundo a Wikipédia, "quando várias pessoas têm um mesmo objetivo comum, sua energia se agrupa e se `arranja´ numa egrégora. Esse é um conceito místico-filosófico com vínculos muito próximos à teoria das formas-pensamento, onde todo pensamento e energia gerada têm existência, podendo circular livremente pelo cosmo".

"...na medida em que a TV for a referência de jornalismo e o supérfluo for o fundamental, o tempo televisivo for dinheiro, o comercial mandar nas pautas, os editores editarem lágrimas e choros, os repórteres responderem às perguntas no lugar dos entrevistados, as notícias forem dadas só raspando o verniz do fato (sem nunca dar o "nome aos bois"), os narradores "interpretarem" as notícias, o Ser/Jornalístico não for movido pelo mais honesto espírito democrático e os jornalistas todos se enxergarem como celebridades, acho que as redações vão continuar sem egrégora alguma." (Alberto Ruschel, Observatório da Imprensa, 23/09/2008).

Beto Ruschel é cantor, compositor, letrista, produtor musical de discos, cinema e TV e já foi diretor de programas jornalísticos da TV Globo, entre eles Fantástico, Jornal Nacional e Globo Repórter. Tem raízes em Estrela, já que é filho do ator de cinema estrelense Alberto Ruschel(O Cangaceiro, 1953) e da jornalista Neli Dutra.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Grande pessoa!


"Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra."

Mário Lago

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

...meu treponema não é pálido nem viscoso, os meus gametas se agrupam no meu som...

O Falando de Rock hoje dá um pulo no nordeste, mais precisamente em Brejo da Cruz, na Paraíba, onde surgiu uma das maiores vozes da música brasileira: José Ramalho Neto, o Zé Ramalho. O cantor nasceu em 03/10/1949, filho de uma professora e de um seresteiro.
Quando tinha dois anos de idade, seu pai se afogou numa represa no sertão e Zé passou a ser criado por seu avô. A relação entre os dois seria mais tarde homenageada na canção "Avôhai".
Passou a infãncia em Campina Grande até a familia se mudar para João Pessoa, onde se esperava que ele se formasse em Medicina.
Mas o lado musical falou mais alto e logo ele participou de algumas apresentações no estilo Jovem Guarda, sendo influenciado por Renato Barros, Leno e Lílian, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Golden Boys, The Rolling Stones, Pink Floyd e Bob Dylan.

Lança o 1º disco, “Zé Ramalho” em 77 e o segundo álbum em 79. Este, chamado de "A Peleja do Diabo com o Dono do Céu", onde suas influências de rock e forró ditam a sua personalidade musical. O terceiro álbum "A Terceira Lâmina", foi lançado em 1981, seguido do quarto disco, "Força Verde", em 1982.
Autor de 23 álbuns de estudio, mais ao vivo, coletâneas e DVD's , sua lista de sucessoe é interminável: "Mistérios da Meia-Noite", "Chão de Giz", "Entre A Serpente E A Estrela", "Cidadão", "Admirável Gado Novo", entre outras. Recentemente, em 2008, Zé Ramalho prestou uma homenagem a Dylan, com o disco "Zé Ramalho Canta Bob Dylan - Tá Tudo Mudando” com as músicas reescritas em português. Este álbum foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro de 2009.

Loucura, loucura, loucura...

No Falando de Rock de hoje, mais um ícone da era disco.
O grupo franco americano Santa Esmeralda, que fez a galera delirar nas discoteques de todo o mundo no final da década de 70.
Criado pelo vocalista e safonista Leroy Gomez, o grupo ficou conhecido também por apresentar-se no palco com as bailarinas vestidas de dançarinas espanholas de flamenco, além é claro, pela bem cuidada produção musical.
Só pra registrar, Leroy Gomez, antes de formar o Santa Esmeralda, trabalhou como saxofonista para Elton John no álbum Goodbye Yellow Brick Road, de 1973.
O primeiro e maior sucesso do grupo até hoje foi Don´t Let Me Be Misunderstood, de 77 e que em poucos meses atingiu a marca de 15 milhões de cópias vendidas. Até hoje, este trabalho já vendeu 25 milhões e rendeu a Gomez 48 discos de ouro e 42 de platina .
Além de Don't Let Me Be Misunderstood e The House Of The Rising Sun (ambas regravações em ritmo disco de clássicos da banda inglesa The Animals, dos anos 60, o grupo obteve sucesso com Another Cha Cha (1979) e C'est Magnifique (1980), músicas que unem ritmos disco e latinos.
A música Don't Let Me Be Misunderstood fez parte da trilha sonora de Kill Bill vol. I, do diretor Quentin Tarantino, que além de brilhante diretor, tem o dom de resgatar perólas de ostras que já se julgavam estéreis.

Músico: O Cara!


“Os músicos não se aposentam, param quando não há mais música em seu interior”
Louis Armstrong

Acho que é mais ou menos por aí.
Desconheço músico aposentado. Até porque, duvido que um dia a música deixe de habitar o seu interior, a sua alma. Assim como acho impossível viver sem música e consequentemente sem aquele que, além de fazer dela seu meio de vida, faz da nossa, uma eterna trilha sonora.
O músico tem o poder de levantar o nosso astral e de nos lembrar de momentos felizes e tristes, mas que nos marcaram e são parte de nossa vida. Vida esta, pautada de momentos ilustrados por canções que nos remetem a eles.
Quem não lembra da música que tocou na sua formatura? Na sua festa de 15 anos? No primeiro ou no melhor beijo? Nos momentos de exaltação e comoção nacional? Nas comemorações do seu time? Ou naquele momento em que se estava triste, pensando bobagens. De repente, você ouve aquela melodia que tem o poder de erguer a sua cabeça, abrir os seus olhos e fazer brotar em sua face aquele sorriso de “vamos nessa!”

É esse o poder, ou melhor, a dádiva que essas figuras maravilhosas têm sobre nossas vidas. Creio que é através da música e consequentemente dos músicos, que Deus quer nos dizer que a felicidade e a alegria estão aí, ao nosso alcance. Basta abrir os olhos. Ou melhor, os ouvidos.

sábado, 20 de novembro de 2010

Caco Barcellos

Quinta-feira, 18/11, assisti a uma palestra com o jornalista Caco Barcellos e sobre isso escreveria aqui. Porém, minha colega Camila Diesel o fez com tanta propriedade, que nada mais teria a acrescentar. Por isso, transcrevo abaixo suas palavras, com sua devida permissão, é claro, e não sem sugerir uma visita ao seu Infinito Particular. A moça escreve pra caramba! Simbora!


Caco Barcellos: digno de admiração
Camila Diesel

Ontem assisti à uma palestra com um dos maiores jornalistas brasileiros. Nada mais, nada menos que Caco Barcellos. Com vasta experiên­cia no jornalismo, o repórter gaúcho dividiu com o público, formado por estudantes e empresários, sua trajetória profissional, desde o início da carreira em Porto Alegre até o atual momento.

O jornalista fez diversos relatos sobre seu pai e sobre seus ensinamentos. Aliás, ele falou exaustivamente sobre ele. Achei o máximo quando ele disse que a principal coisa que seu pai o ensinou é ter vergonha na cara. “O cara pode ser duro, não ter grana, mas se tem vergonha na cara, mostra que é um homem de valor”, disse. Concordo!

A necessidade de ter conhecimento em diversas áreas também foi comentada por Caco. “Na hora em que você disputar um espaço num mercado extremamente competitivo, cada detalhe, cada ferramenta que você carrega consigo ajuda a adquirir confiança e segurança para enfrentar melhor o desafio”, disse. Suas aptidões adquiridas antes mesmo de ser taxista (sim, foi taxista e mais uma porção de coisas antes de ser repórter), lhe renderam bons frutos. Um exemplo é o conhecimento básico sobre marcenaria, que adquiriu com seu pai. Assim, conseguiu entrar no apartamento luxuoso que o ex-juíz Nicolau dos Santos Neto, teria supostamente vendido por 750 mil dólares, em Miami – EUA. Caco, arriscando a prisão americana, foi ajudante do marceneiro do prédio e conseguiu descobrir três quartos espaçosos, quatro banheiros, nota fiscal de um relógio de mais de mil dólares, vinhos e champanhes refinados. O apartamento ainda era habitado por Lalau e a reportagem teve grande peso na investigação de um dos maiores escândalos do país.

Lalau devolveu pouco mais de um milhão de reais aos cofres públicos. Muito pouco perto do que roubo. Mas Caco fica satisfeito: “minha parte eu fiz”. E é isso que falta para a classe jornalista brasileira. Falta querer mais. Falta essa vontade de mudar as coisas. Me parece que esse anseio faz mais parte dos estudantes, como eu, e que essas asas são podadas com o tempo, frente à realidade que nos é apresentada. Só querer não adianta. Vejo um jornalismo corrompido pelo interesse financeiro, onde os patrões grandões dão poucos recursos, poucas condições e pouco espaço para o novo.

Um de seus principais discursos foi acerca do jornalismo investigativo que realiza. Caco Barcellos relatou suas investigações, as 20 guerras em que realizou cobertura televisiva, os altos riscos que correu (inclusive ameaças de morte), a grande quantidade de processos que sofreu, em detrimento da publicação dos fatos. Um exemplo é o livro Rota 66, em que o jornalista identificou 4,2 mil vítimas mortas pela Polícia Militar de São Paulo e os 20 maiores matadores.

Caco levantou o tema da violência no país. Segundo ele, o Brasil é o quarto país mais violento do mundo, com 47 mil pessoas mortas por ano. Dos 4 mil e 200 mortos que Caco indentificou, 3 apenas eram de classe média e a grande maioria eram negros. Em sua pesquisa, ele identificou que um dos grandes assassinos é o Estado. “Os números nos ofendem. Se questionarmos as autoridades, elas irão atribuir o maior número de assassinatos aos assaltantes e criminosos. Mas o número não passa de 5%. As tropas de Elite são responsáveis por 28% das mortes no Brasil. É o Estado matador. O mais matador do mundo”, disse.

O matador brasileiro mais frequente, segundo ele, são as pessoas comuns, trabalhadoras. “70% das mortes são praticadas por pessoas que não se acham violentas. Tem gente que compra arma pra se defender dos 5% que mata. Então, um jornalismo sério e responsável deveria dizer isso todos os dias”, pondera. Quem mais mata são aquelas pessoas que se descontrolam no trânsito, que têm ciúmes da filha do antigo casamento da esposa, de quem atinge acidentalmente uma criança. E isso, segundo as palavras de um jornalista da maior emissora do Brasil, não é publicado pela mídia. Ele criticou duramente esse jornalismo baseado apenas no que dizem as autoridades, os coronéis, os policiais. E visivelmente o que ele faz é ir pro outro lado do balcão. Em recente exibição do “Profissão Repórter” (programa em que comanda jovens jornalistas), ele chega perto, muito perto, dos usuários de crack, na Crackolândia. Ele vai onde a maioria tem receio.

O jornalista global ganhou minha admiração. Principalmente quando falou do livro Rota 66. Estava ele com uma quantia em dinheiro pronta para ser gasta em uma casa na praia. Porém, um dilema o abatia. Disse ele que não conseguia se conformar com o que via sendo divulgado pela mídia. Não conseguia se conformar com esse posicionamento da polícia e das autoridades perante as mortes de inocentes. Ou ele fazia alguma coisa, ou então abondava a profissão. Então, usou o dinheiro da tão sonhada casinha no litoral para descobrir quem eram os mortos do Brasil e quem os matava. Caco foi processado 18 vezes. E não perdeu nenhuma!! O livro hoje é leitura obrigatória em algumas escolas de periferia. E o dinheiro que o livro rendeu, proporcionou a casa e muito mais.

Ele abriu espaço para perguntas, ao final da palestra. Como de costume desse povo da região, muitos foram indo embora. Tá certo que ele falou bastante (se deixassem ele falava até a meia noite, né, Marcelo?) e acabava indo além do que era questionado, mas acho isso uma falta de respeito sem tamanho. Aff…

Um cara bem de boa, otimista, que acredita na sua profissão e no trabalho árduo. Assim que vejo agora Caco Barcellos. E como eu disse pro meu pai, ou ele é muito ator, ou ele é muito foda!

Sem frescuras, ele se mostrou disponível para tirar fotos. Eu não podia perder, né? Olha aí:

Caco Barcellos e Camila Diesel